Diário de Bordo: dicas para alugar carro nos EUA (por Renata Uemura)
Olá, pessoal!
Depois de um tempo sem postar nada, vim trazer algo inédito nesse humilde blog: participação de uma grande amiga minha, Renata Thiemi Uemura (a chamarei de Thiemi!), 25, estatística e cheia de dicas para dividir conosco! Ela falou um pouco sobre alugar um carro nos Estados Unidos, e coisas básicas que devemos saber para dirigir pela terra do Tio Sam.
Ela viajou em novembro de 2013, e esteve em Orlando, Flórida!
Qual o motivo que me levou a fazer um post sobre essa temática?
Eu nunca aluguei um carro no exterior por receio, e para falar a verdade, nem aqui no Brasil eu aluguei ainda (minha primeira experiência foi em Joinville/SC, e aluguei pela Unidas Rent a Car, confiram aqui minhas impressões!), então, nada melhor do que contar com a ajuda dos amigos para pegar aquelas dicas que vamos lembrar só quando estivermos vivendo o momento! :-)
Agora, vamos às dicas!
 |
| Renata Thiemi Uemura, 25 |
1. A reserva para alugar o carro
Primeiramente, deve-se realizar uma reserva pela internet, antes de viajar. A reserva da locação pode ser feita através de sites que mostram as diversas empresas de locadoras de veículos, ou diretamente no site da empresa escolhida.
A Thiemi fez na Rentalcars.com, e alugou um carro com a empresa Alamo Car Rental.
Para realizar a reserva (seja diretamente no balcão da empresa, ou antecipadamente pela internet) são exigidos a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) do condutor, o passaporte e o cartão de crédito. É cobrado um valor caução aproximado do valor da reserva.
Problema: a Thiemi teve um problema com cobrança indevida, e ainda está solucionando o caso. Ela realizou o pagamento da reserva ainda em terras brasileiras, levou o voucher com a confirmação de pagamento, mas ao devolver o carro, foi debitado novamente o mesmo valor. Por esse motivo, a Thiemi aconselhou alugar o carro no momento em que chegar no aeroporto, pois segundo ela, há bastante carros nas categorias para serem escolhidos.
O aluguel do carro se dá pela categoria dos carros, e não pelo modelo do carro em si.
 |
| O carro escolhido pela Thiemi foi o Dodge, para ela + 3 pessoas (8 malas no total) |
- Dica #1 da Thiemi: as(os) atendentes do balcão irão oferecer diversos pacotes para pagar à mais, então fiquem atentos e apenas aceitem caso seja conveniente!
- Dica #2 da Thiemi: leve o GPS com mapa dos Estados Unidos daqui do Brasil, pois é cobrada uma taxa de U$ 17,00 por dia!
- Dica #3 da Thiemi: esteja atento sobre os termos e condições, pois há as opções de: devolver com o tanque vazio, ou com o tanque cheio (você mesmo abastece antes de devolver) para a locadora. Ela preferiu entregar com o tanque vazio, e pagar uma taxa adicional para eles abastecerem.
2. No aeroporto
Após a longa viagem, e com o voucher da reserva em mãos, a Thiemi foi até o balcão da empresa contratada (Alamo) e foi orientada a descer ao piso inferior, onde havia o estacionamento da locadora de carros.
Nesse estacionamento, em cada corredor haviam as categorias, e dentro de cada categorias estavam os diferentes modelos para escolher. Bastava escolher o carro, e se tiver dúvidas sobre quantas malas cabem, ou sobre o funcionamento do carro, a Thiemi solicitou ajuda dos funcionários, que prontamente atenderam!
Aquele lindo carro foi escolhido, você colocou a mala dentro do porta-malas, e chegou a hora de sair do aeroporto!
Ligue o carro, e dirija-se à saída do estacionamento da locadora. Haverá uma cancela, e irão solicitar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e irão scannear o código de barras do carro. Dado a baixa, é hora de pagar o estacionamento do aeroporto!
Não há guichês dentro do aeroporto para pagar o estacionamento (como são ultrapassadas no Brasil). Na saída há "guaritas" como as praças de pedágio nas rodovias do Brasil, e lá que se paga o valor do estacionamento!
3. Pedágios
Eis que você está na estrada, curtindo o carrão, e você avista as famosas praças de pedágio (Toll road).
Há algumas placas com um símbolo escrito E-PASS. Evite! É o equivalente ao nosso "Sem Parar", onde a cobrança é feita através de um aparelho instalado no carro. Siga para as faixas de cabines de cobrança manual mesmo.
Algumas cabines têm uma placa escrito "Only Coins" (apenas moedas), e não tente pagar com cédulas, ou pode gerar um stress desnecessário!
- Dica #4 da Thiemi: o GPS pergunta se você quer fazer rotas que evitem os pedágios. Pode aceitar sem medo, pois o GPS dá coordenadas muito precisas e confiáveis (diferente do Brasil, que nos manda para cada buraco!).
4. No trânsito
Primeira dúvida crucial, é a velocidade máxima permitida, e lá é expressa em milhas (miles), e o velocímetro já está em milhas. O GPS, a Thiemi deixou em kilometragem (KM/h) mesmo, para ter uma noção de quantos metros ela teria de fazer a curva para entrar nas vias.
 |
| Painel do Dodge. No lado direito, o velocímetro em milhas. |
Atenção para a velocidade, pessoal!
Quase não há radares pelas estradas/ruas, mas há o risco de policiais medirem a velocidade por radar móvel, e passar uma multa cabeluda!
- Dica #5 da Thiemi: mesmo quando estiver no semáforo e ele estiver vermelho, caso vá virar para a direita, é permitido. Basta olhar para não atropelar nenhum pedestre, e nem se chocar com outros carros. Quando não pode virar para a direita, haverá uma placa junto ao semáforo escrito "No turn on red" (Não vire no sinal vermelho).
- Dica #6 da Thiemi: para virar para esquerda nas avenidas, há uma faixa no meio que é própria para esse tipo de conversão, e serve para ter aquele tempo de espera para entrar para esquerda!
- Dica #7 da Thiemi: quando tiver placa de "Stop" (Pare), não é enfeite! Mesmo que a rua seja deserta, é obrigatório parar totalmente o carro antes de entrar na via. É melhor não contar com a sorte de não ter um policial escondido e pronto para passar uma multa em quem não respeita as leis de trânsito!
- Dica #8 da Thiemi: rolou a dúvida do cruzamento: "Quem tem o direito de passar primeiro?". A regra é: "First in, first out" (Quem chega primeiro, vai primeiro).
5. Estacionamentos
Em Orlando, incentiva-se muito o aluguel de carros, então a maioria dos turistas acabam alugando para aproveitar a cidade. Por isso, a maioria dos locais turísticos facilitam o estacionamento. A Thiemi não pagou para estacionar o carro no hotel, nem em shoppings. Já em parques temáticos, como o da Disney, o estacionamento custa em torno de U$ 16,00.
No aeroporto, a Thiemi não pagou estacionamento no ato da retirada do carro alugado, porém pagou quando foi deixar as amigas no aeroporto!
6. Abastecendo o tanque de combustível
A gasolina, nos Estados Unidos, é cobrada em galões (aproximadamente 3,78 litros). A Thiemi calculou aproximadamente U$ 1,00 por litro de combustível!
Chegando no posto de gasolina, você pára o carro em uma bomba, e vai até a loja de conveniência do posto. Chegando no balcão, diz que não é residente dos Estados Unidos, e também fala o número da bomba onde o seu carro está parado para abastecer. O pagamento é feito na loja de conveniência mesmo!
O procedimento precisa ser esse, pois os residentes de lá apenas passam o cartão de crédito diretamente na bomba de gasolina e digitam o zip code da residência deles. Não há como usar o zip code do hotel onde está hospedado, pois o cartão de crédito precisa também ser registrado com um endereço norte americano!
Para calibrar o pneu no posto, basta colocar U$ 1,00 na máquina, e a mangueira será liberada para acertar os pneus (verifique a calibragem!).
7. Devolvendo o carro no aeroporto
Chegando no aeroporto, siga as placas "Rental Car Return" (Devolução de Veículos Alugados). Você chegará em um estacionamento com placas indicando cada corredor das empresas de locadoras de veículos. Escolha a sua empresa, e pare o carro no corredor até ser atendido(a)!
Um funcionário irá até o carro para receber você, e nesse momento, vá descarregando as malas do carro. Ele irá scannear o código de barras do carro novamente, e emitir um recibo. Com o recibo em mãos, esse comprovante irá mostrar se não há pendências para serem cobradas a mais, similar ao check out de hotel.
Tudo certo com a reserva? Então pegue suas malas e vá (à pé) até o seu balcão de check in de sua companhia aérea, e boa viagem! :-)
Confira a chique da Thiemi aproveitando Orlando no melhor estilo: indo à Disney!
Gostaria de agradecer à minha grande amiga Thiemi por ter dividido um pouco da experiência dela dirigindo nos Estados Unidos! Muito obrigado pelas valiosas informações, e por tirar muitas dúvidas!
